segunda-feira, 29 de agosto de 2016

I Encontrão Mochila de Batom


Aconteceu no domingo, dia 28 de agosto o I Encontão Mochila de Batom que reuniu cerca de 120 pessoas no Parque Estadual da Cantareira, Núcleo Engordador!




O dia estava lindo e o Sol apareceu com força para tornar o evento ainda mais caloroso! Estavam presentes  homens e mulheres de idades diferentes, lugares diferentes, mas com uma vontade em comum... Estar em contato com a natureza de forma responsável e segura!

Aconteceram rodas de conversa e muita troca de informação!

Foram debatidos assuntos como a pratica de trekking e suas diferentes modalidades, mínimo impacto ambiental, uso correto de equipamento, preparo físico, entre outros assuntos!

Tivemos como palestrantes a fundadora do Projeto e sócia da Mantra Adventure, Laila Galetti, montanhista e guia de turismo, que já participou de inúmeras expedições no Brasil e América do Sul, além de ter feito a pé os 800 km do Caminho de Santiago e mais 100 km até Finistrerre.



Participou também a Cris kingut,  de 27 anos que na sua bagagem de experiência acumula  trekkings em Torres Del Paine, Caminho de Santiago, Serra Fina, Trans Mantiqueira, Ponta da Juatinga, Chapada dos Veadeiros e Diamantina.




A Aninha Running, que tem a página Diário de um Par de Tênis no facebook também contou sua experiência de corredora e como foi encarar o Trekking ao Monte Roraima, abrindo as portas para a paixão pelas montanhas.


O Evento contou também com apoiadores e vários sorteios foram feitos!

Inciclo, Thule, Loja Pé na Trilha, Solo, Espaço Escola Arena de Artes,  RM Saúde e ainda produtos da Mary Kay e Hinode.



Para finalizar foi feito uma trilha para aproveitar ainda mais os ensinamentos transmitidos e o dia maravilhoso.


Antes da despedida o encerramento ficou por conta de uma massagem coletiva organizada pelo Rafael da RM Saúde.



A grande quantidade de mulheres e alguns homens que vieram apoiar e prestigiar o evento só reafirma que LUGAR DE MULHER É ONDE ELA QUER E COMO QUER!

Não podíamos deixar de agradecer também à Shirley, Daysi e Guma que o tempo todo estavam na organização, fotografando e deixando tudo ainda mais gostoso para que todos pudessem aproveitar o máximo!


Que venham outros encontros e que possamos, de maneira responsável estar presente no maravilhoso mundo OUTDOOR!!!




quinta-feira, 11 de agosto de 2016

É proibido usar BATOM

Vaidade na montanha



Quando resolvi criar o Projeto Mochila de Batom, organizar o primeiro evento e divulgar o feito no facebook algumas criticas apareceram...
  • Montanhista não pode ter vaidade
  • Não se leva batom na cargueira
  • O nome não representa todas as mulheres
  • Não, não, não não...
Pois bem, vamos à minha (minha ok) opinião...

Bom, primeiro que representar TODAS as mulheres seria pretensão demais e acredito que ditar o que uma mulher pode ou não fazer, seja na montanha ou em qualquer outro ambiente outdoor é ROTULAR. Podemos usar batom, ou não, e isso não irá nos desqualificar, não deixaremos de ser montanhistas, mochileiras, aventureiras etc por isso.

Na montanha as mascaras caem, somos nosso EU profundo, desarmadas de esteriótipos... Nos sentimos fortes e ao mesmo tempo sensíveis e vulneráveis diante da grandeza da natureza. 

Ao subir uma montanha cada uma de nós traz na mochila um peso diferente. Além dos equipamentos e roupas carregamos nossas duvidas, angustias, medos... Focamos em nosso objetivo, focamos no cume que nos aguarda e sentimos um enorme prazer ao alcançarmos o topo, mas, percebemos que foi durante a caminhada que nossas mochilas foram ficando mais leves. Passo a passo fomos vencendo nossos medos e certamente nenhuma desce como subiu.

Momento de emoção da Aninha ao chegar do Monte Roraima
Os cabelos ficarão secos e embaraçados, a pele queimada, o corpo cansado, as roupas sujas, mas nos sentiremos lindas, vencedoras, verdadeiros canhões de luz irradiando energia. E se neste momento ou em qualquer outro você sentir vontade de sacar aquele batom da sua mochila não se sinta reprimida. Fique à vontade porque você pode o que quiser minha amiga!



O preconceito ainda paira no mundo outdoor. Mais do que o pré conceito eu diria que a estranheza de quem vê de fora. As pessoas se assustam e ao mesmo tempo sentem fascínio. Outros ainda acham que mulher não aguenta o perrengue da montanha.



Pouco a pouco mostramos que somos iguais, tão determinadas, focadas, destemidas quanto os homens. Não queremos conquistar espaço, queremos dividir e desfrutar com respeito e segurança este mundo tão cheio de possibilidades à todos, homens e mulheres, de batom ou não!







terça-feira, 9 de agosto de 2016

Capim Amarelo

O Primeiro Evento do Mochila de Batom


O primeiro destino escolhido para o pontapé inicial do Projeto Mochila de Batom foi o trekking com acampamento no alto do Capim Amarelo.
Localizado na cidade de Passa Quatro - MG é a porta de entrada para a rota mais tradicional da Travessia da Serra Fina. Com seus mais de 2500 mts de altitude desafiava todas interessadas em participar desta primeira experiência de um trekking somente com mulheres.
Conduzi o grupo com o auxílio da Shirley (guia da Mantra Adventure ) e sete mulheres determinadas nos acompanharam (Aninha, Carol, Cristiane, Cleide, Adriana, Bernadete e Alessandra).
Acordamos cedo, tomamos um café da manhã reforçado e ficamos à espera do nosso transporte (uma super kombi off roald) que nos levaria à entrada da trilha.
Coração acelerado, dia maravilhoso partimos ansiosas pelo que viria.
Eram mulheres diferentes, algumas se conheciam, outras estavam se vendo pela primeira vez... Cada uma carregava uma experiência diferente, uma vivência diferente, sonhos, traumas, medos, buscas...
Durante a subida muitos sentimentos tomaram conta de cada uma delas... Eu mais do que feliz por estar participando de tudo aquilo. Algumas com mais dificuldades, outras com menos, cada uma carregando o peso de sua mochila, o peso de suas expectativas, o peso de seus receios, o peso de suas duvidas.
A chegada no cume foi de extrema emoção! O peso que carregavam ficou mais leve! Venceram...
Depois de uma noite bem gelada, o céu estrelado e o sabor da conquista os primeiros raios de sol encheram ainda mais de felicidade o coração de todas.
A descida foi embalada por muita cantoria, coreografia, risadas... As mochilas ainda estavam pesadas, mas os corações mais leves!
Parabéns meninas guerreiras... Vocês mostraram que podemos sim! Foi um prazer dividir estes momentos com vocês e tenho certeza que este primeiro grupo vai trazer muita sorte para que o PROJETO MOCHILA DE BATOM cresça cada vez mais!









quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Projeto Mochila de Batom




A ideia de reunir um grupo somente de mulheres para explorar montanhas surgiu da crescente procura feminina por atividades outdoor.
Hoje a mulher está muito mais auto suficiente… Caminhar, lidar com as adversidades da natureza, enfrentar baixas e altas temperaturas, carregar a própria mochila, montar acampamento, não é mais problema para muitas que descobrem neste tipo de atividade o verdadeiro sentido do SER… Percebem o quanto são fortes, a auto estima se eleva, descobrem como lidar com imprevistos e tomar decisões rápidas.
Pensando em tudo isso, em parceria com a Mantra Adventure, desenvolvi o projeto Mochila de Batom, onde é permitido somente a participação de mulheres (incluindo as guias).

Com diferentes graus de dificuldade, indo desde pequenos hikings, encontros para troca de experiências até trekkings e travessias mais pesadas, quero convidar você à juntar-se a nós e mostrar que LUGAR DE MULHER É ONDE ELA QUER (De batom ou não).

Da Idealizadora


Sou pedagoga, montanhista, Guia de Turismo Nacional e America do Sul pela CADASTUR, e caminhante, com diversos cursos de primeiros socorros, gerenciamento de riscos, sobrevivência na selva, localização, escalada e montanhismo, técnicas de mínimo impacto, carrego na bagagem diversas viagens e muitas histórias.
Atuante na organização de roteiros e desenvolvimento da logística da Mantra Adventure,  amante dos esportes de aventura ,  já levei grupos à diversos destinos e já enfrentei muitos olhares descrentes de clientes e colegas guias pelo fato de ser mulher... Acredito que subir uma montanha nunca é fácil, mas que a vista lá de cima sempre faz valer à pena.
Já percorri a pé os 900km do Caminho de Santiago, fazendo da minha vida uma constante aventura.
Dentre as inúmeras viagens nacionais e internacionais destacam – se caminhadas e travessias na Bolívia, Chile, Argentina, Venezuela e também muitas no Brasil, como a Petrópolis X Teresópolis, Ponta da Juatinga, Petar, Capim Amarelo, Ibitipoca entre outras.
Vem comigo ampliar sua zona de conforto e mostrar que Lugar de mulher é onde ela quer (de batom ou não... rssss).


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Minimo impacto em AMBIENTES NATURAIS


A pratica de atividades outdoor e principalmente do montanhismo vem aumentando muito nos últimos tempos.
São inúmeras pessoas que partem em busca de uma aventura, querem fugir do cotidiano enlouquecedor de grandes centros e buscam um crescimento pessoal nas montanhas.
Pois bem, é ótimo que isto ocorra, mas péssima a maneira como vem ocorrendo.
Quero deixar claro que aqui está a minha opinião pessoal, portanto você não é obrigado a concordar ok!
O que vem acontecendo é a degradação do meio natural, a poluição das nascentes, descarto de fezes e papel higiênico de maneira inadequada, uso de fogueiras provocando incêndios, resto de comida sendo depositados de qualquer maneira e em qualquer lugar!
Ah mais papel higiênico é biodegradável! Ok... Experimenta jogar no quintal da sua casa e fica lá esperando se decompor então!
Não quero dar uma de EcoChata aqui e muito menos ser hipócrita dizendo que podemos deixar as montanhas, as matas intactas somente praticando a política de minimo impacto... Só em pisar já estamos impactando, porém podemos minimizar consideravelmente este impacto!
No Brasil foi criado o Pega Leve que é um programa voltado à convivência responsável com o ambiente natural, dedicado a construir a conscientização, apreciação e, além de tudo, o respeito por nossas áreas naturais. 
Eles criaram os 08 princípios Pega Leve, que são justamente estas condutas de mínimo impacto que todos deveriam conhecer e aplicar!

Vamos à elas:


1- Planejamento é fundamental



  • Entre em contato prévio com a administração da área 
  • Informe-se cobre as condições climáticas do local 
  • Viaje em grupos pequenos de até 10 pessoas 
  • Evite viajar para áreas populares 
  • Não esqueça dos sacos de lixo 
  • Só faça atividades dentro de sua capacidade 



2- Você é responsável por sua segurança

  • O salvamento em ambientes naturais é caro e complexo
  • Calcule o tempo total que passará viajando e deixe um roteiro
  • Avise a administração da área que você está visitando
  • Aprenda as técnicas básicas de segurança
  • Tenha certeza de que você dispõe do equipamento apropriado
  • Caso você não tenha experiência, não se arrisque sozinho


3 - Cuide dos locais de sua aventura

  • Mantenha-se nas trilhas pré-determinadas
  • Mantenha-se na trilha mesmo se ela estiver molhada
  • Acampando,evite áreas frágeis
  • Não cave valetas ao redor das barracas
  • Bons locais de acampamento são encontrados,não construídos
  • Não deixe evidência de sua passagem 


4- Traga seu lixo de volta

  • Se você pode levar uma embalagem cheia pode trazê-la vazia na volta
  • Não queime nem enterre o lixo
  • Utilize as instalações sanitárias, sempre que existirem



5 - Deixe cada coisa em seu lugar


  • Não construa qualquer tipo de estrutura
  • Não leve nada para casa
  • Tire apenas fotografias,deixe apenas suas pegadas e leve apenas lembranças



6- Evite fazer fogueiras


  • Fogueiras enfraquecem o solo
  • Para cozinhar, utilize um fogareiro próprio para acampamento
  • Para iluminar, utilize um lampião ou uma lanterna ao invés de uma fogueira
  • Para se aquecer, tenha a roupa adequada para o clima do local que está visitando



7- Respeite os animais e as plantas

  • Observe os animais a distância
  • Não alimente os animais
  • Não retire flores e plantas silvestres


8- Seja cortês com os outros visitantes e com a população local

  • Ande e acampe em silêncio
  • Trate os moradores da área com cortesia e respeito
  • Mantenha as porteiras e cancelas como as encontrou
  • Deixe os animais doméstico em casa
  • Evite cores fortes e vibrantes
  • Colabore informando outro visitantes sobre o Pega Leve!


Estas são as normas de conduta desenvolvidas pelo Pega Leve. Ajude a divulgar!

Quem vai para áreas naturais precisa conhecer e praticar os princípios de minimo impacto para que possamos conviver de maneira responsável com os ambientes naturais, garantindo sua existência para as próximas gerações.
Se você não tem experiência, ou está iniciando com as atividades outdoor contrate uma agência séria, que trabalhe com guias sérios e credenciados, eles poderão conduzir de maneira segura sua experiência, e tenho certeza que valerá muito á pena!
Eu indico a Mantra Adventure é claro.



E para saber mais sobre o trabalho da Pega Leve clique aqui!




quarta-feira, 20 de maio de 2015

Mulheres conseguem mudar o estilo de vida?

Sair dos moldes que a sociedade nos impõem, buscar a realização pessoal, fazer aquilo que ama, mudar completamente a vida não é fácil, requer muita força de vontade, determinação e uma pequena dose de foda-se para aquilo que aparentemente te prende a uma vida que não quer seguir!

Nada melhor do que conhecer exemplos de pessoas que conseguiram seguir seus sonhos!

É isso que fez Simone Lopes e ela conta como conseguiu... Vamos nos inspirar?



RELATO DA SIMONE:

Metamorfose


"Constantemente  me perguntam: “Como é possível uma mudança tão brusca?”

Pensando em uma resposta plausível (e incentivada por uma pessoa muito querida) resolvi fazer uma retrospectiva e escrever sobre tal assunto.

Partirei dos princípios que “Nada nesta vida acontece por acaso” e que “Somos frutos de nossas próprias escolhas”.

Não preciso forçar minha memória para encontrar uma garota recatada e totalmente moldada nos padrões de uma família tradicional. (Não tenho a intenção de com esse relato me desfazer ou desmerecer os ensinamentos e princípios que foram passados ao longo da minha formação como indivíduo.) Quero apenas contar como aconteceu minha incrível metamorfose.

Me ensinaram que eu nasci para ser uma filha exemplar, uma esposa amável e resignada e uma mãe dedicada porque esse é o fluxo que devemos seguir.

Por algum tempo eu até consegui ser assim: estava habituada seguir à risca uma rotina que eu havia “escolhido” pra mim.



No meu íntimo faltava algo, havia uma lacuna que eu não conseguia preencher com nada do que eu tinha. Perdi as contas de quantas vezes comprei o que não precisava para tentar me completar, satisfazer um desejo que eu nem sabia ao certo de que era.

Até que um certo dia consegui ouvir os gritos e as súplicas da minha alma.

Eu precisava me conhecer, valorizar mais os sentimentos, as pessoas e não apenas as coisas materiais.

Ah, isso não foi tão fácil assim como parece, lágrimas escorrem dos meus olhos enquanto viajo em um passado ainda recente.
As mudanças são desconfortáveis e causam dor, mas nos ensinam e nos mostram que somos mais fortes do pensamos e que temos uma capacidade incrível de reconstruir a partir dos cacos que sobram quando somos despedaçados.

Eu encontrei uma Simone desconhecida e me perguntei onde ela estava esse tempo todo. Cheguei à conclusão de que ela estava escondida com medo de se mostrar, medo de ser rejeitada por não se encaixar mais nos moldes louváveis a qual ela foi colocada.



Esse tipo de mudança é muito pessoal. “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.” Não existe fórmula mágica ou um evento marcado para que uma mudança ocorra. O que existe é a sensibilidade de perceber o que seu coração deseja e a vontade de sentir se livre para fazer suas próprias escolhas.



 Hoje não sou Alice e nem vivo no país das maravilhas. Mas me sinto feliz e tenho um desejo imenso de viver cada momento e me permitir sentir as mais diversas emoções sem me importar com o que vão pensar e falar.

Ainda tenho dúvidas e sinto medo, mas conheço minha força e minha capacidade de superar obstáculos.



Um dia desses, “pendurada” numa corda (fazendo rapel) e meditando à quase 70 metros do chão eu “ouvi” meu coração perguntar: “por onde você andou esse tempo todo? “Como conseguiu “viver” longe de tudo isso por um tempo consideravelmente longo?” Eu pensei por alguns instantes e respondi: Estava extraviada de mim mesma, vivendo experiências que, apesar de tudo, me ensinaram muito e que hoje me fazem valorizar cada minuto como se fosse último.

Há aproximadamente três anos minha vida começou mudar e sofrer reviravoltas extremas. Eu fui o principal agente dessas mudanças. Não estava feliz com o modo que a minha vida estava sendo conduzida e depois de pensar um pouco resolvi dar “meia volta” e procurar uma nova maneira de viver.

 O primeiro impacto foi devastador, pois simplesmente mudei o rumo da minha vida. Fui fortemente criticada, “apedrejada”, difamada, pressionada a reconsiderar e algumas coisas mais, mas estava decidida e segui em frente. Chorei muito e fiquei com “feridas” profundas, mas garanto que tudo isso foi necessário no meu processo de amadurecimento e reconstrução.

Saí de um casamento de quatro anos com o meu bem mais precioso: Uma princesa linda que hoje tem cinco anos. Deixei um emprego de seis anos que me dava certo prestígio e um retorno financeiro considerável. Mudei meu conceito de diversão e fiz dele um estilo de vida.



 Há exatamente um ano e três meses fui “arrastada” para o mato por uma amadíssima amiga (Marah Resende). Na verdade essa mocinha estava no meu pé há uns seis meses para irmos juntas fazer rapel, mas nunca dava certo. Até que resolvemos ir para tirarmos umas fotos bacanas. Rsrsrsr Eu nem imaginava que aquele seria meu dia "D".



 Apesar de ter passado minha infância em uma pequena cidade do interior de Goiás (Cachoeira Dourada) nunca tive intimidade com a natureza e esportes. Eu era bem do tipo que preferia livros, músicas, uma vida calma e sem emoções fortes. Ia de salto alto pra escola para fugir das aulas de educação física. Filha de costureira, sempre prezei a boa aparência. Eu ainda gosto muito de tudo isso, mas descobri que posso ir além da boa aparência e que não preciso ter um único estilo ou ser demasiadamente preocupada em estar o tempo toda “impecável”. Hoje a seguinte frase me define: “Eu quero ser tudo o que sou capaz de me tornar”.



Jamais imaginei que aquele dia 09/02/2014 seria um marco na minha vida. Foi amor a primeira vista, paixão avassaladora e uma sensação de bem estar indescritível. Minha primeira descida de rapel foi incrível!!! De repente era como se eu tivesse nascido para aquilo. Me senti íntima da corda e adorei o banho gelado de cachoeira. No fim do dia parecia que meu corpo estava destruído (eu era sedentária), mas a minha alma… Ahhhhminha alma, estava leve!!!! No outro dia me senti forte, com vontade e força para encarar meus problemas e até mudar o mundo. Parece exagero, mas essa é a mais pura verdade. 

Depois daquele dia não consegui parar mais, virou meu clichê dizer que rapel e vida no mato é viciante. Conheci todas as cachoeiras do circuito da agência de eco turismo Trilhas interpretativas e também fiz o curso de técnicas verticais que me habilitou ser instrutora.
Costumo dizer que através das Trilhas interpretativas conheci outro mundo. E diga se de passagem, são profissionais com nível técnico inquestionável e competência louvável. https://www.facebook.com/TrilhasInterpretativas?fref=ts

Foi no mato que conheci pessoas com histórias de vida e superação parecidas com a minha.

Também conheci alguém muito especial e que há um ano dividimos sorrisos, carinhos, momentos incríveis e muitas, muitas aventuras. Agora eu pergunto: Como posso não amar o mato depois de tantas coisas maravilhosas que ele trouxe para minha vida?




Alguns perguntam: “E a vaidade, onde ficou?” Então respondo: Continua comigo, no cuidado da pele usando filtro solar com tonalizante, no esmalte para não quebrar as unhas, no leave in para manter o cabelo sempre hidratado, no rímel à prova d’água para deixar o olhar penetrante, no batom para deixar os lábios mais bonitos e em cada detalhe que escolho ao me preparar para mais uma aventura. E tudo isso por que (de acordo com minha amiga Priscila Pazetta) “Somos divas do mato! Simmmm, é isso que eu sou: uma diva do mato com muito orgulho.

O que também não me impede de colocar um salto alto, um vestido tubinho, fazer uma maquiagem elaborada e ir a qualquer festa.   

Eu sou mulher, mãe, filha, namorada, trilheira, guerreira, cozinheira e tudo mais que me der vontade de ser.



Tudo isso é possível para qualquer pessoa que tem vontade de viver e não apenas sobreviver. Isso está ao alcance de quem aceitou a segunda, terceira, quarta opção por achar que aquilo que faz seu coração bater mais forte e seu sangue “ferver” nas veias não compensa ou é difícil de conquistar.

Deixo aqui meus sinceros agradecimentos aos que me apoiaram, me incentivaram e participaram de todas essas mudanças. Agradeço também aos que criticaram (e que ainda criticam) e me jogaram pedras (e ainda jogam), pois isso também me incentiva superar meus limites. Uso essas pedras como degraus para subir e alçar voos maiores.

E você, Vive ou sobrevive? Caso a resposta seja a segunda opção, corra e vá descobrir o real sentido do verbo VIVER, afinal, “Você só vive uma vez, mas se souber viver bem, uma vez é o suficiente”.





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