quarta-feira, 24 de novembro de 2010

7a. Etapa - Loroño - Najera (29 km) Polvo, Barro, Sol y Lluvia...

Etapa difícil! Caminhei por plantações de feno e uva. Durante um bom tempo caminha-se pela estrada (carretera) o que eu particularmente não gostava.



Um pouquinho antes de chegar em Najera (ou talvez já fosse Najera) me deparei com um grande muro de uma antiga fábrica de farinha. Na parede um poema, lindo, escrito pelo Padre Eugenio Garibai para os peregrinos! Me emocionei ao ler. Fiquei algum tempo alí, parada, tentando entender que forças me levaram àquele lugar. Fui com muitas dúvidas, questões importantes para serem resolvidas, mas não conseguia pensar em nada... O meu Eu deixava de ser pensamentos para se tornar sentimentos, deixava de ser o amargo para se tornar o doce, deixava de ser o choro para se tornar o rizo, deixava de ser tristeza para ser alegria, deixava de ser saudade para ser encontro, deixava de ser dor para ser amor. Mas porque? Não importa o porque... a única certeza era a certeza de seguir... caminhar, ser feliz!

“Polvo, barro, sol y lluvia.
Es Camino de Santiago.
Millares de peregrinos
y más de um millar de anos.
Peregrino, quién te llama?
Que fuerza oculta te atrae?
Ni el Campo de las Estrellas
ni las grandes catredales.
No es la bravura navarra,
ni el vino de los riojanos
ni los mariscos galliegos
ni los campos castellanos.
Peregrino; Quién te llama?
Qué fuerza oculta te atrae?
Ni las gentes del Camino
ni los costumbres rurales.
No es la historia y la cultura,
ni el gallo de La Calzada
ni el palacio de Galdi,
ni el Castillo Ponferrda.
Todo lo veo al pasar,
y es un gozo verlo todo,
mas la voz que a mi me llama
la siento mucho más hondo.
La fuerza que a mi me empuja
la fuerza que a mi me atrae,
no sé explicarla ni yo
Sólo el de Arriba lo sabe!

Cheguei cedo e encontrei meus amigos Dna. Maria e Angelo na fila do albergue, fiquei surpresa porque eles deveriam esta a dois dias na minha frente. Nos conhecemos no Brasil e uma forte amizade surgiu, mas senti que não poderia ficar com eles, naquele momento não podia estar com pessoas que eu conhecia do Brasil, precisava ficar só... pensar na minha vida, então resolvi partir, peguei minha mochila e decidi seguir para o próximo pueblo. Expliquei para D. Maria, me sentindo muito mal com aquela atitude, mas esperando que eles entendessem minha vontade. 
Na fila do Albergue de Najera

Logo na saída encontrei Judith (australiana) de quem havia me separado a 2 dias. Ela estava exausta pois caminhara mais de 40km e ficou muito feliz ao me ver. Convidou-me para ficar em um hostel com ela e eu aceitei.
Foi o único dia em que não dormi em um albergue.

2 comentários:

  1. lindo poema, linda postagen !!
    bjs emerson

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  2. Sometimes you need to go the way alone, to find your true friends! Mr. Tilo S. (1969 - today) ;)

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