sábado, 25 de junho de 2011

Trilha em Paranapiacaba

O batom já estava com saudade da mochila e eu sentindo falta do cheiro do mato.
A convite dos meus amigos Emerson e Renata (Batatinha) fui para uma agradável trilha em Paranapiacaba, região de mata Atlântica cravada em um vale a 58km de São Paulo.
Chegamos de manhã e de cara fiquei encantada com a cidade, parecia que tudo por lá tinha parado no tempo, uma verdadeira cidade fantasma bem ao lado da grande metrópole enfumaçada...


Vila de Paranapiacaba


A cidade parada no tempo...


Paranapiacaba foi fundada por volta de 1860 pelos Ingleses, exclusivamente por causa da construção da São Paulo Railway, a estrada de ferro que ligava o interior paulista ao Porto de Santos para o escoamento do café da época.


Tudo por lá está preservado, as casas para abrigar os trabalhadores e suas famílias, seguindo uma ordem hierárquica, a grande casa de isolamento, um pouco mais afastada da vila, destinada a abrigar as pessoas contaminadas pela peste negra, lepra, e outras doenças contagiosas que aterrorizavam aquele tempo e até mesmo a casa dos solteiros, onde mulhers "direitas"nem ousavam passar!

Casa de isolamento

Casa dos solteiros

Tudo lá parece seguir um ritmo tranquilo. Os moradores são pacatos e até os cachorros (e olha que são muitos) são simpáticos. Nas lojinhas de artesanato tem um monte de produtos regionais e os barzinhos simples convidam os visitantes para um final de tarde de muita descontração, ainda mais se tiver o som de um violão acompanhado da tradicional pinga com Cambuci (claro que eu provei e aprovei... rs).

Eita vidinha mais ou menos... rsssss

Pinga com Cambucí

Para realizar a trilha é necessário contratar um guia local, e para isso procuramos a AMA de Paranapiacaba, e nossos guias mandavam muito bem nas explicações sobre a região, fauna, flora e os recursos da água encontrada em abundancia e bem preservada por lá!


Sede da AMA




Eu e Emerson no início da trilha

Eu, Renata e nossos guias

A caminhada leva até um mirante onde se avista a cidade de Cubatão, baixada Santista e um pouco do Litoral Norte também... Bom, isso é o que dizem, porque assim que chegamos o tempo fechou, andávamos literalmente nas nuvens e a vista que devia ser espetacular não apareceu! Mas só em respirar a energia da montanha (estávamos a mais de 1000m) eu já me sentia feliz!


A trilha é bem tranquila e com pouco preparo todos podem fazer.
O percurso é todo por Mata Atlântica bem preservada, e a diversidade da flora e preservação das nascentes e olho d’água mostra a preocupação em manter aquela região em equilíbrio, em uma simbiose entre homem e natureza.


Flores artificiais

Mais uma vez fechei o dia com a certeza de que o SER vale mais do que o TER, e continuo pedindo aos meus olhos que não se acostumem com as coisas lindas que podem ver aos meus pés que não se cansem de percorrer caminhos desconhecidos e mágicos e ao meu coração que esteja sempre aberto a alegria de compartilhar momentos especiais com amigos geniais...

Deixo aqui minha dica e bora pra Paranapiacaba.

Obs.: A partir do segundo final de semana de julho começa o Festival de Inverno, com muitas atrações... Vale a pena conferir!

2 comentários:

  1. Um dia magico.. sol , pessoas especiais neblina rss e cerveja fantastico !!!




    Emerson

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