Saí cedo e por falta de atenção errei o caminho o que me fez caminhar um pouco a mais (isso me deixou bem irritada!)
Esse dia caminhei com uma nova amiga, a Judh, uma garota australiana que iniciara o caminho em Burgos, e que se tornaria uma companheira de caminho, a partir Dalí nos cruzaríamos sempre.
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| Judth, Frank e eu |
Caminhei pensando muito na minha vida. A conversa com o Eduardo no dia anterior havia mexido muito comigo, me fez cutucar feridas antigas, coisas que para mim ficaram mal resolvidas, mas que o tempo fez questão de camuflar. Estava muito emocionada e sentia muito a presença do meu avô (já falecido), era como se ele caminhasse comigo.
Ao chegar a Carrion de Los Condes tem o albergue de Santa Clara, onde dizem que São Francisco de Assis ficou em sua peregrinação, uma estória mágica e romântica! Eu queria ficar ali, mas sentia-me muito disposta a caminhar e sabia que se ficasse iria me separar de Frank, Heiko e Judh e se isso acontecesse dificilmente os veria de novo, então, resolvi seguir depois de carimbar minha credencial, comer um doce maravilhoso e me despedir, com dor no coração de Eduardo, mas era uma separação de corpos porque a partir daquele momento nossas almas seguiriam ligadas. Com um abraço apertado e direito a fotografia, nos despedimos, desejando muita sorte um ao outro! Mais uma despedida que fazia parte do meu Caminho.
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| Eu, Edu e Heiko |
Seriam mais 17 km e só um pequeno bar (se é que se pode chamar um trailer com uma mesinha no meio do caminho de bar). Parecia que não chegava nunca, sem sombras o caminho foi muito cansativo.
Cheguei a Calzadilla de La Cueza exausta, mas ao chegar ao albergue fiquei feliz ao saber que o hospitaleiro era um brasileiro, o baiano Neném que me contou muitas estórias do caminho! Foi lá que conheci Fabrício, também baiano de Salvador, jantamos juntos no restaurante um gostoso Menu Del Peregrino. Mal sabia eu que Fabrício, apesar de caminharmos pouco juntos, mas nos encontrarmos em muitos pueblos, seria um grande amigo no meu Caminho e em minha vida.
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| Chegando exaustos |
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| Nenem, eu e outro brasileiro que trabalhava no bar do hostel |
é lindo como a cada passo vc coloca na muchila mais amizades, que riqueza este caminho!!!!
ResponderExcluirbjs Emerson
Amiga, as vezes na vida temos que abrir mão de algumas coisas para conquistar outras! Sempre fazemos as escolhas certas não tenha dúvida!!! Seu caminho foi muito abençoado!
ResponderExcluirBeijos
Conheci o Nenem em 2008 quando fiquei no Albergue, pessoa maravilhosa, atencioso com todos, com o bom humor baiano e cheio de historias... ano que vem fico de novo por lá...
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